quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Olho novo para mim!

Estou em São Paulo desde segunda-feira. Na terça, tive consulta com a oncologista, Dra. Viviane. Ela achou que estou muito bem, grande e lindo. Claro que isso não foi o suficiente pra que eu escapasse de uma bela furada no braço pra tirar sangue. Mas tudo bem, já estou acostumado. Na quarta eu não tinha médico, então fui pra casa do meu primo Davi. Brincamos muito, nos divertimos. A mamãe diz que eu tenho uma gargalhada reservada só para os momentos de diversão com o Davi. E deve ser mesmo porque eu fico muito, muito feliz quando estou com ele! Hoje de manhã voltei ao hospital para fazer ultrassom do olho e exame de fundo de olho. Novamente tudo bem. Nem sinal de monstro caranguejo! A dra. Martha só disse que já tava na hora de trocar minha prótese e daí fui à Solótica para encomendar meu olhinho novo. É que eu cresci bastante nos últimos meses e meu olho biônico já tava ficando pequeno e fundo. Amanhã recebo meu olho novo e vou sair cheio de charme por aí. Gostei desse presente de dia das crianças. Agora vou tirar uma soneca, que eu já tô cansado de andar de lá pra cá na chuva. E mais tarde quero ir assistir "Tá chovendo hamburguer" com a minha mãe e minha avó.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Um aparte para a mamãe

CARTA A UM PEQUENO GUERREIRO EM SEU TERCEIRO ANIVERSÁRIO

Filhote,

Amanhã, que já é hoje, você faz três anos de vida. O que dizer a um filho, o que ensiná-lo, quando ele já nasceu sabendo o principal: não se entregar jamais? Não me iludo quanto à sua trajetória nesse mundo – ela não será fácil, mas você já nasceu com as ferramentas para enfrentar qualquer dificuldade. Só nos cabe assistir da platéia o seu desempenho no mundo, torcer nas primeiras filas da arquibancada e enxugar seu suor no vestiário. Mas como mãe faz questão de ser necessária, deixo aqui algumas dicas e palpites.
Você vai aprender que suas limitações são proporcionais às suas capacidades em driblá-las. Deus dá o frio no tamanho do cobertor, dizem alguns. E esse cobertor a gente constrói ao longo da vida, com o amor e o respeito que conquistamos. Sorrisos amigos, afetos gratuitos e calor humano – essas são as linhas com as quais construímos nosso cobertor.
À medida que você for crescendo, vai descobrir que muitas pessoas além da mamãe, do papai e dos seus irmãos te amam. E que essas pessoas dedicaram preces e atitudes a você, pra que você pudesse seguir com sua vida de pequeno guerreiro.
Você vai aprender também que existem anjos na Terra, e não apenas o Santo Anjo do Senhor, pra quem você reza todos os dias antes de dormir. E que você já teve, e ainda tem, seus anjos: pessoas que mudaram sua vida e possibilitaram sua recuperação pelo simples fato de quererem fazer o bem e de entenderem que você merecia, como todas as crianças, a vida.
Você vai aprender que o amor é, sim, a força que move o mundo, por mais piegas que isso possa parecer. E é bem provável que em alguns momentos da sua vida você duvide disso. Mas é certo que em algum ponto você vai entender que nós agimos por amor, e que é ele que dá sentido a todos os nossos atos.
Você vai descobrir que família é a melhor coisa do mundo, mas que ela não se restringe às ligações de parentesco. Porque um dia você vai descobrir que os amigos são a família que a gente escolheu e que não existe nada melhor do que um amigo de infância, que te ama a ponto de comemorar teus sucessos como se fossem dele (porque na verdade o são). Você vai saber também que amigos de infância podem aparecer na vida adulta – vocês só atrasaram o encontro. E que quando encontramos um amigo de infância, logo sabemos que aquela pessoa deveria estar na nossa vida há muito, muito tempo.
Infelizmente, algum dia você vai descobrir que pai e mãe tem prazo de validade, mas também vai entender que o amor deles é infinito e transcende a distância e até mesmo a toda poderosa morte. E nesse dia nós esperamos que você não precise mais da nossa presença física, e que o melhor que nós podíamos te dar já esteja bem guardado com você.
Vai demorar um pouco, mas você também vai aprender que os irmãos são nossos melhores amigos, e são também o elo mais forte entre você e sua história. E que por mais que briguem e se estranhem, eles sempre vão estar ao seu lado. Talvez você até já saiba, mas a máxima “ninguém bate no meu irmãozinho além de mim” é incontestável.
Não sei que tipo de fé você terá quando crescer mais um pouquinho, mas espero sinceramente que tenha alguma. E espero também que entenda que tanto faz se Deus criou o homem ou se o homem criou Deus à sua imagem e semelhança. O que importa é que você acredite que há, sim, um propósito maior pra nossa vida. E que Deus, Alá, Krishna, ou seja lá o nome que os homens lhe dêem, não vive em templos, igrejas ou mesquitas, mas dentro de você, na certeza de que vale a pena sempre fazer o bem e de que é o bem que sempre prevalece. Bom sono é o dos justos, filho. E eu espero que você sempre durma assim tão bem quanto dorme agora.
Boa noite e feliz aniversário.



terça-feira, 19 de maio de 2009

Peripécias em livro

Minha mãe não para quieta - nem sei porque ela reclama de mim e do Zezé. A última que ela arranjou foi um livro chamado M3 - Mãe, Mulher, Moderna. Ela e a tia Danda aprovaram um projeto na Lei A. Tito Filho para publicar algumas das colunas que elas escrevem toda semana no jornal O Dia. Na coluna elas falam das peripécias delas com os filhos (eu, Zezé, Pedro e Emilinha), das dificuldades e delícias de serem mães, mulheres e profissionais e, principalmente, da tentativa constante (e nem sempre bem sucedida) de levar tudo no bom humor.
Então é isso: em breve, M3 - Mãe, Mulher, Moderna vai estar em uma livraria pertinho de você.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Pra constar

Estou bem, muito bem. Fui a Sampa há duas semanas. Como era esperado, tudo bem comigo. Saúde pra dar e vender. Depois posto fotos. Boa páscoa pra todos.

sábado, 21 de março de 2009

SÃO PAULO DE NOVO...

Amanhã viajo a São Paulo, de novo, pela sexta vez em menos de dois anos. De novo fazer exames, de novo saber que tá tudo muitíssimo bem, graças a Deus. Já tô ficando cansado dessa vida de caixeiro viajante, mas vou continuar vendo pelo lado bom. E olha que boas coisas não faltam. Duvida? Pois olha só o que eu vou fazer por lá:
- Rever minha vó Ceiça, tio Guga, tia Geórgia, tio Henrique, Davi, vovó Sílvia
- Brincar muito com Davi
- Rever a dra. Vivi e ouvir dela que estou cada dia mais lindo (ela sempre se surpreende com meu charme)
- Brincar na brinquedoteca do hospital
- Passear por São Paulo
- Não ter hora pra dormir nem pra acordar
- Ter minha mãe só pra mim por uns dias
Com tanta coisa boa, a parte dos exames é o de menos. Mas só por garantia, vamos fazer aquela fezinha pela minha saúde? É que a mamãe sempre fica com aquele frio na barriga quando entra no hospital... Mas eu, que sou muuuuito mais esperto que ela, sei que vai dar tudo certíssimo.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Comer, comer...

Tenho estado muito bem, mas sumido daqui. A escolinha me toma muito tempo e eu tenho até dever de casa, acredita? Mas passei rapidinho pra contar um "causo" meu.
No carnaval, tive uma amidalite horrível. O remédio que eu tava tomando me deu diarréia e vômito e meus pais me levaram pra tomar injeção. Foi um chororô danado durante cinco dias: chorava eu, papai e mamãe. Mas quando finalmente fiquei bom, depois de dias sem comer nadinha, danei a comer tudo o que encontrava pela frente, sem parar.
Um dia já tinha comido tanto que minha barriga tava azul. Mamãe disse:
- Antonio, para de comer senão sua barriga vai explodir!
Pensei, pensei, por alguns segundos, fitando a mamãe com cara de pensador de Rodin. Sabe qual foi a minha resposta?
- Vai explodir não, que não tem bomba!
E continuei a comer!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Mais rimarinhas

Ganhei mais uma quadrinha do Maurillo, do Pastelzinho. Aliás, há diiiiiiiiias atrás, mas como estou muito danado nessas férias, aprontando junto com meus irmãos, mamãe ainda não tinha visto mais esse presente lindo desse tal Redatozim.

"O hipocampo, vejam só,
agora é cavalo-marinho
se o nome dele fosse Antônio
ia acabar virando Toninho."

Bom receber carinho em forma de versos, né? Brigadão messsssssmo!

sábado, 10 de janeiro de 2009

Presente pra mim!

Pra quem não sabe, minha mãe, além de blogueira, é rata de blog: vive "fuçando nos site alheio". Pois tem um que ela descobriu há pouco tempo e ama de paixão, chamado Pastelzinho. E o Maurilo, do Pastelzinho, mandou pra mim essa quadrinha:
Caranguejo
Uma pergunta sobre o caranguejo
pra quem é muito inteligente.
Se pra ir em frente ele anda de lado,
pra ir de lado ele anda pra frente?
Só tenho que agradecer a esse Maurilo, hein? Além da mamãe se divertir horrores lendo o que ele escreve, ainda ganhei a quadrinha sobre o monstro caranguejo. Valeu mesmo! Ou como eu costumo dizer pro meu avô: "Valeu, cara!"

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

2009 do barulho




Segundo minha mãe, quando um ano começa todo mundo se enche de esperança de que a vida vai melhorar. Tem gente que pensa grande e quer uma tal de paz mundial. Tem quem pense num carro novo, num apartamento, ou numa viagem. Minha avó vai começar um tão sonhado doutorado, meu irmão Pedro vai estudar no colégio grande que ele tanto queria, minha mãe jura que vai perder uns quilos e deixar de ser sedentária (não necessariamente nessa ordem), papai continua tentando bater todos os recordes de mountain bike. Todo mundo tem lá alguma coisa que quer realizar, só porque foi escolhida uma data para que um ano acabasse e outro começasse em seguida.


Não sei se é porque ainda sou muito novo, mas na verdade não quero mais nada além do que 2008 me trouxe. Saúde já tenho, mesmo que conquistada a tapa. Amor também, pra dar no meio da canela. Felicidade então, essa não me falta. Quer saber mesmo do que eu preciso em 2009? Carradas e carradas do que eu já tenho, só pra garantir! Então fica combinado assim: em 2009 quero fazer tudo igualzinho: brincar/brigar muito com o Zé Luiz, mexer na guitarra do Pedro, pedir (e ganhar) colinho das vovós, aprender muitas palavras novas e inventar incríveis maneiras de combiná-las. E junto com isso tudo, papai e mamãe me admirando com aquele olhar de quem vê um milagre acordar todo dia com a fralda cheia de xixi.